Experiência do usuário: o grande erro que os veículos de mídia se recusam a reconhecer

Com certeza você já ouviu falar de "user experience", ou, em bom português, experiência do usuário.

Provavelmente, também já usou esse termo em reuniões de priorização, discussões sobre novos recursos ou negociações para contratar mais pessoas.

Sejamos sinceros: quantas vezes a experiência do usuário foi levada realmente a sério na sua instituição? O conceito está na sua estratégia ou apenas no seu discurso? Ao menos reflita.

Se você trabalha com produtos que entregam conteúdo — seja um portal de notícias, uma plataforma educacional, um blog ou qualquer outro formato — precisa entender que a experiência do usuário é o pilar que sustenta o seu negócio a longo prazo.

Parece óbvio, mas o mercado insiste em cometer erros básicos, trocando valor por monetização agressiva e sacrificando a confiabilidade e relevância do seu produto.

O que o Google pode ensinar sobre experiência do usuário?

Vamos pensar estrategicamente. O Google, por exemplo, é um negócio bilionário, e boa parte da sua receita vem de publicidade. No entanto, você realmente acredita que o Google daria prioridade para um site só porque ele exibe anúncios do AdSense?

É óbvio que não! Se fosse assim, em pouco tempo, a qualidade dos resultados de busca cairia drasticamente, e o próprio Google entraria em declínio. O usuário é o centro da estratégia.

O Google não quer mostrar o site que mais exibe anúncios — quer entregar o melhor conteúdo para manter sua credibilidade como buscador. Porque, no fim das contas, isso é Branding. Isso é estratégia de longo prazo.

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Como aplicar essa estratégia no seu produto de conteúdo

Agora, traga essa mesma lógica para o seu negócio de conteúdo. Você precisa monetizar? Claro.

Mas a sua primeira missão é entregar um conteúdo que verdadeiramente resolva as dúvidas do seu público ou atenda aos seus desejos de informação.

Se você não faz isso, cedo ou tarde, os usuários vão perceber que sua empresa não está mais entregando valor — e vão procurar por quem entrega.

A monetização deve ser uma extensão natural dessa relação de confiança. O usuário precisa perceber que o valor cobrado é justo — ou melhor, que é barato em comparação ao benefício recebido.

Se ele sente que está pagando um preço alto por algo que não agrega valor, ele não só vai parar de pagar, mas também vai se afastar da sua marca.

O perigo de ignorar a experiência do usuário

E aqui vem o alerta: empresas que já tiveram um excelente recall de marca e dominaram o mercado podem ver seu público se afastando caso mudem sua estratégia para uma abordagem de monetização predatória.

Ninguém quer consumir um site que interrompe a leitura a cada dois parágrafos com pop-ups intrusivos.

Ninguém quer pagar uma assinatura cara para acessar conteúdo que não entrega mais qualidade do que a concorrência gratuita.

O movimento inverso também acontece: quando o usuário percebe que um produto está mais focado em conversão do que em entrega real de valor, ele abandona.

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A experiência do usuário precisa ser mais do que um discurso

Se você ainda está se perguntando por que seu produto de conteúdo não tem retenção ou por que suas estratégias de monetização não estão funcionando, talvez esteja ignorando um fato básico: a experiência do usuário não pode ser uma pauta superficial.

Se você quer que sua empresa realmente leve a sério a UX, precisa estruturar processos, criar rituais e adotar artefatos que garantam que o usuário é sempre a prioridade.

Portanto, na próxima reunião onde alguém falar de "experiência do usuário", faça a pergunta incômoda: o que estamos fazendo, na prática, para garantir que ela seja realmente levada a sério? O futuro do seu produto depende da resposta.