AI Max: entenda como funciona a nova ferramenta de anúncios com IA do Google
Novo recurso oferece automação, inteligência contextual e ajustes dinâmicos para impulsionar campanhas de busca, mas sem abrir mão do controle.
O Google lançou uma nova seção de perguntas e respostas dedicada a explicar o funcionamento do AI Max, seu mais recente pacote de recursos para publicidade de pesquisa automatizada com IA.
A proposta é ambiciosa: combinar automação, personalização e inteligência preditiva para transformar a forma como campanhas são criadas e otimizadas.

As informações foram divulgadas pelo site Search Engine Land, que detalhou os principais pontos respondidos pelo Google em relação a desempenho, controle criativo e uso de palavras-chave na nova plataforma.
O que é o AI Max e o que ele promete
O AI Max é uma evolução das campanhas automatizadas, integrando IA generativa ao ecossistema de anúncios do Google.
Ele promete entregar resultados com base em três pilares:
- Expansão de correspondência: Seus anúncios podem aparecer em buscas relacionadas, mesmo aquelas para as quais você não deu lances diretos.
- Personalização dinâmica: O texto dos anúncios é adaptado com base na intenção do usuário.
- Direcionamento automático: O sistema identifica a melhor landing page do seu site para cada busca.
Segundo o Google, essas funcionalidades trabalham juntas para otimizar conversões sem desperdiçar investimento — usando sinais em tempo real para identificar onde vale a pena competir por tráfego.
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Para quem é o AI Max?
O recurso é voltado especialmente para quem ainda não migrou completamente para o Performance Max, mas já aposta em campanhas de pesquisa.
E o Google garante: o melhor desempenho acontece quando as três funções principais estão ativadas. No entanto, dá para experimentar com menos.
Aliás, falando em experimentação, é possível testar o AI Max por meio de rascunhos e experimentos A/B, comparando o desempenho com e sem os recursos ativados.
E as palavras-chave, ficam de fora?
Essa talvez seja a dúvida mais comum, e uma das mais sensíveis. O AI Max não elimina a segmentação por palavras-chave, mas a complementa.
Em vez de depender exclusivamente delas, ele utiliza sinais contextuais e intenção do usuário para encontrar oportunidades além da segmentação tradicional.
Esse movimento reforça uma mudança de mentalidade que o Google vem ensaiando há algum tempo: a tecnologia sem palavras-chave, que associa anúncios a buscas relevantes mesmo que os termos exatos não estejam na campanha.
Inclusive, essa evolução acompanha outras frentes que o Google já começou a testar, como a exibição de anúncios em conversas com chatbots de IA — uma abordagem que pode ampliar ainda mais a lógica de segmentação por intenção. Já falamos sobre essa tendência aqui na SEO Lab.
O que isso muda na prática?
Para os anunciantes, isso significa mais flexibilidade e, ao mesmo tempo, mais confiança de que seus anúncios continuarão aparecendo em contextos relevantes.
Além disso, o AI Max gera ativos criativos com base em dados já existentes, como seus anúncios anteriores, conteúdos do site e páginas de destin, evitando que você tenha que criar tudo do zero.
O objetivo do Google com essa ferramenta é claro: dar um passo além na automação, mas garantindo que os profissionais de marketing ainda tenham visibilidade e algum nível de controle sobre o que está acontecendo.
Uma resposta às preocupações do mercado
Nos últimos meses, o uso excessivo de IA em publicidade levantou preocupações sobre perda de controle, gasto ineficiente e perda de relevância nas campanhas.
Com esse novo Q&A, o Google parece querer reforçar que ainda é possível equilibrar automação e estratégia humana.
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Vale lembrar que esse esforço por mais transparência vem na esteira de outras mudanças recentes, como o novo rótulo no Google Shopping que destaca o menor preço dos últimos 30 dias, algo que também já discutimos na SEO Lab como parte das tentativas do Google de oferecer mais clareza para anunciantes e consumidores.