Zuckerberg constrói bunker bilionário no Havaí enquanto Meta enfrenta pressão antitruste
Enquanto a Meta tenta escapar de um processo antitruste histórico, CEO ergue estrutura subterrânea no Havaí. Estratégia de segurança pessoal ou símbolo do isolamento das Big Techs?

Mark Zuckerberg sempre foi uma figura reservada, mas sua mais recente empreitada leva esse traço a outro nível.
De acordo com reportagem do Business Insider, o CEO da Meta está construindo um complexo subterrâneo em sua propriedade de 1.400 acres no Havaí, com túnel, porta blindada, sistema próprio de abastecimento e um investimento estimado em 270 milhões de dólares.
Sim, é um bunker. E não é só sobre privacidade: em um momento em que a Meta está no centro de um processo antitruste que pode mudar o destino do Instagram e do WhatsApp, o simbolismo dessa construção é difícil de ignorar.
O que a obra diz sobre o momento da Meta
O CEO da Meta nega que se trate de um abrigo subterrâneo, Zuckerberg afirmou que a construção é apenas um túnel que liga um prédio a outro.
Ainda assim, a construção reforça a percepção de que algo mudou no entorno do CEO.
O projeto bilionário de Zuckerberg no Havaí, com estruturas subterrâneas e medidas de segurança incomuns, levanta questões sobre o momento vivido pelo fundador da empresa e, indiretamente, sobre a própria Meta.
Essa escolha não pode ser desvinculada do contexto atual. A empresa enfrenta processos antitruste nos EUA e crescentes pressões regulatórias, como mostramos em reportagens anteriores e nesta atualização sobre a defesa da empresa.
Enquanto isso, criadores de conteúdo, profissionais de marketing e anunciantes seguem atentos ao rumo da empresa, que ainda domina boa parte da atenção digital.
Em momentos de instabilidade, o impacto costuma ser sentido em todo o ecossistema, e isso inclui quem depende do alcance do Instagram ou da estrutura de anúncios do Facebook.
Se o projeto no Havaí é apenas um desejo pessoal de isolamento ou parte de uma mudança maior no estilo de vida de Zuckerberg, ainda não está claro.
Mas, num cenário em que líderes das Big Techs enfrentam um novo ciclo de cobranças públicas e institucionais, até os detalhes aparentemente privados viram parte do debate sobre poder, influência e responsabilidade.
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