YouTube Shorts atinge paridade de receita com vídeos longos e sinaliza nova era para criadores

Plataforma vê aumento na monetização de vídeos curtos e ultrapassa celular como principal tela de exibição

YouTube Shorts atinge paridade de receita com vídeos longos e sinaliza nova era para criadores
Neal Mohan, CEO do YouTube, durante participação na conferência da MoffettNathanson, onde apresentou os novos dados sobre monetização da plataforma. Créditos: Unsplash.

O YouTube acaba de atingir um marco histórico: o Shorts, sua aposta no formato de vídeos curtos ao estilo TikTok, alcançou paridade na receita por hora de exibição com os vídeos tradicionais da plataforma nos Estados Unidos e em outros países.

Em alguns mercados, inclusive, a monetização dos Shorts já ultrapassou a dos vídeos longos.

A informação foi revelada por Neal Mohan, CEO do YouTube, durante sua participação na conferência da MoffettNathanson, em Nova York.

Segundo a Variety, a aceleração da receita dos Shorts se deve ao aumento nas impressões de anúncios, ao uso de posicionamentos otimizados por inteligência artificial e, claro, ao crescimento no consumo de vídeos curtos, especialmente por usuários mais jovens.

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Shorts: agora é sobre dinheiro, não só alcance

Só no primeiro trimestre de 2025, o consumo de Shorts cresceu 20% em relação ao ano anterior.

Cerca de 70% dos canais do YouTube já produzem nesse formato, o que deixa claro: vídeos curtos deixaram de ser tendência e viraram parte fixa da engrenagem da plataforma.

Como já apontamos na SEO Lab, o Shorts é hoje uma ferramenta estratégica para marcas que buscam crescimento sustentável e engajamento orgânico, e agora passa a ser também um canal competitivo em termos de monetização.

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YouTube agora é coisa de sofá, não só de celular

Outra mudança de peso revelada por Mohan: pela primeira vez, as TVs conectadas superaram os celulares como principal dispositivo de exibição do YouTube.

O consumo em tela grande está em alta, e isso tem impacto direto na performance publicitária.

Nos últimos 12 meses, os anúncios exibidos em TVs conectadas geraram mais de 1 bilhão de conversões.

O YouTube responde hoje por mais de 10% do tempo total de streaming em TVs, superando Netflix, Hulu, Disney+ e Prime Video.

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Inteligência artificial: não só bastidores, mas criação

O YouTube já utiliza IA há anos nos bastidores, de moderação a detecção de violação de direitos.

Mas agora, ela está sendo aplicada diretamente na criação de conteúdo. O exemplo mais claro disso é o Dream Screen, ferramenta que transforma prompts de texto em vídeos ou imagens, facilitando a vida de criadores que têm pouca estrutura.

Segundo Mohan, o investimento em IA tem dois objetivos centrais: melhorar a experiência do usuário e ampliar as possibilidades criativas de quem produz.

Para os criadores de conteúdo, essa virada tecnológica pode ser um atalho para ganhar tempo, e dinheiro.