Visões Gerais de IA do Google já não dominam o topo em 12,4% das buscas, revela estudo

Queda nas posições dessas caixas de resposta pode abrir espaço para que sites bem otimizados recuperem cliques perdidos no orgânico.

Visões Gerais de IA do Google já não dominam o topo em 12,4% das buscas, revela estudo
Mudanças no desempenho das visões gerais de IA reacendem a disputa pelo topo do Google. Créditos: Unsplash.

As visões gerais de IA do Google — aquelas respostas automáticas geradas com base em inteligência artificial no topo da SERP — já não estão mais tão firmes na primeira posição.

Um novo estudo da plataforma seoClarity, publicado pela Search Engine Land, revelou que em 12,4% das buscas de desktop nos EUA, essas respostas caíram para posições inferiores.

O dado chama atenção, principalmente após meses de apreensão no setor de SEO. Como já mostramos nesta análise, a chegada das visões gerais causou perdas consideráveis de tráfego em sites de conteúdo e e-commerce.

Agora, com parte dessas caixas descendo na SERP, parece haver uma nova janela de oportunidade.

Nem sempre no topo: o novo cenário das visões gerais

Segundo o estudo, 87,6% das visões gerais de IA ainda aparecem na posição 1, mas os 12,4% restantes surgem abaixo, com 7,6% na posição 2, 2,8% na terceira e 2% em quarto lugar ou pior.

Esses percentuais podem parecer pequenos, mas representam milhões de buscas.

Outro detalhe interessante: as visões gerais caem mais em buscas transacionais — aquelas com intenção de compra.

Quando estão em quarta posição ou abaixo, a proporção de buscas com essa intenção sobe de 12,38% para 22,7%.

Em casos assim, páginas bem otimizadas de produtos e categorias voltam a ter chances reais de destaque.

Comportamento do usuário pode estar influenciando o Google

Para Mark Traphagen, VP da seoClarity, o rebaixamento das visões gerais pode estar diretamente ligado ao comportamento dos usuários.

Se a maioria das pessoas ignora a IA e clica em resultados orgânicos, o Google tende a reposicionar sua resposta automática mais abaixo.

Ou seja: uma página bem construída, com bom CTR e otimização correta, pode sim ultrapassar uma Visão Geral de IA.

Esse movimento reforça o que já discutimos na SEO Lab sobre a importância de estruturar o conteúdo para manter autoridade e relevância, mesmo com IA generativa em alta.

SEO ainda importa — e muito

Apesar do avanço da IA, esse estudo reforça algo essencial: SEO ainda faz a diferença na disputa por cliques.

Com as visões gerais perdendo força em partes da SERP, sites que combinam estratégia, conteúdo autoral e boa experiência voltam a ter espaço.

É algo que já discutimos por aqui quando mostramos que as visões gerais de IA podem até aumentar acessos ao Google, mas reduzem engajamento do usuário nos sites. Ou seja: nem sempre estar ali no topo com IA significa mais tempo de leitura ou conversão.

E se o comportamento do usuário está influenciando o posicionamento das respostas automáticas, então mais do que nunca vale investir em estratégias de conteúdo com foco em intenção de busca, CTR e autoridade — o que discutimos também na nossa análise sobre como produzir conteúdo confiável e com EEAT em tempos de IA generativa.