SEO técnico x SEO programático: por que o Google quer deixar clara essa diferença

No mundo do marketing digital, onde os termos se multiplicam e a tecnologia avança em ritmo acelerado, é comum que conceitos se misturem. Mas quando o assunto é SEO, o Google faz questão de separar as coisas.

John Mueller, uma das vozes mais conhecidas da empresa quando se trata de otimização para buscadores, voltou a destacar que SEO técnico e SEO programático são estratégias diferentes , e devem ser tratadas como tal.

A declaração foi feita em um tópico no Reddit, em que Mueller respondeu diretamente a uma dúvida da comunidade. De forma objetiva, ele escreveu: “Eu não agruparia SEO programático com SEO técnico”.

O motivo? A natureza, os objetivos e os riscos dessas duas abordagens não são os mesmos.

As informações foram publicadas originalmente pela Search Engine Roundtable, referência no setor de SEO.

O que é o SEO técnico, afinal?

Para o Google, SEO técnico é o conjunto de práticas que garantem que um site e seu conteúdo estejam visíveis e compreensíveis para os mecanismos de busca.

Isso inclui questões como estrutura de URL, sitemap, tempo de carregamento, usabilidade, arquitetura da informação e dados estruturados.

Como destacou Mueller, esse tipo de otimização continua sendo essencial:

“Tornar ‘coisas’ online excelentes, rastreáveis, indexáveis e compreensíveis definitivamente continuará sendo uma tendência”.

Inclusive, já discutimos aqui na SEO Lab como essas práticas impactam diretamente o desempenho de campanhas programáticas. Se você quer entender como avaliar esse tipo de campanha com mais inteligência, temos um conteúdo sobre isso.

Leia também: SEO para IA: garanta que seus dados estruturados sejam reconhecidos

E o SEO programático? Segundo o Google, cuidado com o rótulo

A outra ponta da discussão envolve o chamado SEO programático.

Em linhas gerais, trata-se de criar grandes volumes de páginas a partir de templates e dados estruturados, com o objetivo de escalar rapidamente conteúdos otimizados — muitas vezes com apoio de automações ou ferramentas de inteligência artificial.

Mas, para Mueller, essa abordagem pode se tornar perigosa. Ele já chegou a classificar o SEO programático como “uma bandeira para spam” há dois anos, e o alerta permanece atual.

O motivo é simples: muitas dessas iniciativas priorizam volume e velocidade, em detrimento da qualidade e da experiência do usuário.

Com as recentes atualizações do Google, que buscam combater o content farming e o abuso de conteúdo em escala, esse tipo de estratégia pode acabar prejudicando mais do que ajudando.

Inclusive, se você trabalha com campanhas no Performance Max e busca formas de garantir resultados de verdade, vale conferir este guia que já produzimos.

Conteúdo de baixa qualidade não passa mais despercebido

Na mesma discussão no Reddit, Mueller reforçou um ponto importante:

“Não há quantidade de ‘IA’ que possa entender e enviar usuários para um site inacessível”.

Em outras palavras, não adianta recorrer a modelos avançados de automação se o básico — como a estrutura técnica do site — não está bem resolvido.

Esse tipo de alerta se conecta com o debate sobre como métricas simples, como cliques e impressões, não contam toda a história.

Medir corretamente o impacto das suas ações é essencial, e ferramentas como nossa calculadora de CTR podem ajudar a traduzir essas métricas em ações reais.

Conclusão: separar o que é técnica e o que é atalho

Para quem trabalha com SEO, marketing de conteúdo ou mídia paga, entender a distinção entre SEO técnico e programático não é apenas uma questão teórica — é um passo importante para tomar decisões mais seguras e eficazes.

A fala de John Mueller deixa claro: estratégia e pressa não combinam. Se o seu plano de SEO depende de volume, IA ou automação sem critérios, é hora de repensar.

Porque, no fim das contas, o que o Google espera continua sendo simples — sites úteis, acessíveis e pensados para pessoas.