Sam Altman diz que a IA chegou onde ele previu, mas o mundo ainda parece o mesmo

CEO da OpenAI afirma que os avanços tecnológicos superaram a resposta social. Agora, o desafio é discutir como a sociedade pode extrair valor real da inteligência artificial

Sam Altman diz que a IA chegou onde ele previu, mas o mundo ainda parece o mesmo
Sam Altman acredita que a inteligência artificial já superou marcos técnicos importantes, mas a reação da sociedade segue aquém do esperado. Créditos: JASON REDMOND / AFP via Getty Images.

Sam Altman, CEO da OpenAI, acredita que a inteligência artificial chegou a um ponto que ele mesmo previa há alguns anos.

Modelos como o O3 já são capazes de raciocinar como doutores em diversas áreas, resolver problemas complexos e atuar com precisão em tarefas especializadas. Apesar disso, o impacto percebido pela sociedade ainda é tímido.

Em entrevista recente ao podcast Uncapped with Jack Altman, ele disse que esperava uma transformação social mais perceptível.

A análise foi repercutida pelo Business Insider, que destacou esse descompasso entre a sofisticação técnica dos modelos e a forma como o público tem reagido a eles.

Esse distanciamento é visível, por exemplo, no campo das buscas online. A OpenAI já vem inserindo IA em experiências cotidianas, como mostramos na SEO Lab ao tratar de extensões com respostas instantâneas no Chrome e do avanço do ChatGPT no comércio digital.

A próxima virada pode vir com autonomia

Altman aposta que o verdadeiro ponto de virada acontecerá quando os modelos forem capazes de agir sozinhos. Ele cita como exemplo o uso crescente da IA por cientistas, que já relatam ganhos de produtividade ao trabalhar com o O3.

Mesmo sem fazer ciência de forma autônoma, esses modelos já otimizam processos com impacto real.

A mesma lógica se aplica ao e-commerce, onde a IA começa a assumir funções antes exclusivamente humanas. Como mostramos na SEO Lab, a OpenAI vem testando buscas por produtos dentro do ChatGPT, o que reforça a ideia de um sistema que atua não apenas como assistente, mas como motor de decisão.

Altman também observa que, embora o público ainda pareça distante da revolução que está em curso, o mercado já vem se reorganizando.

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O desafio é social, não só técnico

Apesar do entusiasmo com o potencial da IA, Altman reconhece que ainda há muitas perguntas em aberto.

Ele acredita que chegaremos a modelos capazes de automatizar grande parte do trabalho humano, mas admite não saber como a sociedade vai lidar com isso.

“Talvez mais pessoas devessem estar falando sobre como garantir que a sociedade obtenha valor disso”, afirmou.

Entre os riscos, Altman adota um tom menos apocalíptico que outros líderes do setor. Ele acredita que o maior desafio não está em cenários extremos, mas na convivência cotidiana entre humanos e máquinas.

Esse olhar pragmático também se reflete nos novos caminhos que a OpenAI vem explorando, como a possível criação de uma rede social com IA e a avaliação da compra de uma startup ligada a ex-executivos da Apple.

Esse debate já aparece com força aqui na SEO Lab, especialmente quando tratamos dos impactos da IA sobre a criação de conteúdo, os modelos de monetização e as novas formas de interação com plataformas.

A tecnologia avança. O desafio agora é garantir que esse avanço gere valor coletivo.