Risco cibernético no Brasil 2025: O risco invisível que pode derrubar seu veículo de mídia

75% das empresas brasileiras ainda não possuem um mapeamento estruturado de riscos cibernéticos.

Risco cibernético no Brasil 2025: O risco invisível que pode derrubar seu veículo de mídia

Ignorar a cibersegurança pode custar mais do que você imagina. Em tempos de transformação digital, onde audiências são disputadas em tempo real e a monetização digital se torna o motor financeiro de muitos veículos de mídia, há um fator silencioso, porém letal, que ameaça a continuidade de negócios de rádios, TVs e portais: a inação frente aos riscos cibernéticos.

O "1º Panorama do Risco Cibernético no Brasil 2025", publicado pela Vultus Cybersecurity Ecosystem, traz dados alarmantes: 75% das empresas brasileiras ainda não possuem um mapeamento estruturado de riscos cibernéticos.

Para empresas que operam com conteúdo, sistemas de publicação, streaming e bases de dados de usuários e anunciantes, esse dado é um sinal de que estamos em rota de colisão.

A cibersegurança como diferencial competitivo

A cibersegurança há muito deixou de ser uma pauta apenas da TI. Em veículos de mídia, onde a credibilidade, a confiança e o tempo real são elementos vitais, uma falha de segurança pode representar desde uma interrupção momentânea na audiência até danos na reputação da marca irreparáveis.

O que antes era tratado como algo técnico, agora é um ativo estratégico que precisa estar no centro da tomada de decisões — junto à diretoria, aos gestores de produto, comercial e conteúdo.

Segundo o mesmo relatório da Vultus, menos de um quarto das empresas têm envolvimento direto de seus CEOs em decisões relacionadas à segurança digital.

Isso demonstra a distância entre o problema e o poder decisório, além da fragilidade estrutural que coloca muitos grupos de comunicação em risco iminente.

E se o seu portal saísse do ar agora?

Imagine um cenário em que, numa manhã de segunda-feira, o seu portal principal é invadido. O acesso ao CMS é bloqueado, as redes sociais são comprometidas e os dados de audiência são perdidos.

O time comercial paralisa, a redação entra em pânico e os patrocinadores começam a questionar o investimento. Pode parecer exagero, mas episódios assim estão longe de ser ficção. Na verdade, são cada vez mais frequentes, especialmente em negócios que não têm um plano de resposta ou prevenção estruturado.

A ausência de mapeamento de riscos expõe sistemas internos, integrações com terceiros, como plataformas de anúncios, CRM de audiência, sistemas de streaming e automação de newsletters. Cada elo fraco pode ser uma porta de entrada para o colapso.

O preço da recuperação é maior do que o da prevenção

Dados internacionais mostram que o custo médio de um ataque cibernético em empresas de conteúdo ultrapassa os US$ 4 milhões.

Mas no Brasil, esse número tende a ser mais destrutivo quando comparado ao faturamento médio de veículos locais. Além do impacto financeiro direto, há o prejuízo à reputação, à confiança do público e à relação com parceiros de negócios.

É comum que empresas subestimem esse risco, acreditando que "não são grandes o suficiente" para chamar atenção de criminosos digitais. Mas a realidade é que os ciberataques são, muitas vezes, automatizados e indiscriminados — atingindo qualquer sistema vulnerável, independentemente do porte da empresa.

Segurança não é um atrapalho de vida

É hora de abandonar a ideia de que cibersegurança “atrapalha o fluxo” ou “complica o dia a dia”.

Segurança bem aplicada protege dados, garante estabilidade, melhora a experiência do usuário e contribui para a performance de audiência.

Um portal seguro carrega mais rápido, evita penalizações em SEO, não sofre interrupções e protege a integridade editorial.

O público também percebe. Em tempos de fake news, deepfakes e manipulação de dados, o usuário busca veículos confiáveis. E confiança não se constrói apenas com bom conteúdo, mas com robustez tecnológica.

O risco da inércia é o maior de todos

O cenário está dado: o Brasil ocupa posição de destaque no ranking mundial de ataques cibernéticos. O setor de mídia é um alvo em expansão. E os dados mostram que ainda estamos agindo com lentidão.

Fonte: 1º Panorama do Risco Cibernético no Brasil 2025 — Vultus Cybersecurity Ecosystem