Palavras-chave perderam valor? Descubra o que realmente importa no marketing local em 2025
Em um cenário digital cada vez mais movido por comportamento e intenção, especialistas apontam que pesquisas com clientes valem mais do que estratégias focadas apenas em SEO tradicional

Durante anos, a segmentação por palavras-chave foi o pilar de muitas campanhas de marketing digital.
Mas em 2025, especialistas alertam: o sucesso depende menos de termos buscados e mais da intenção do usuário, do comportamento e da conexão emocional com o conteúdo.
Uma análise do site Search Engine Land, destaca que uma tendência crescente entre profissionais de marketing: abandonar a obsessão por palavras-chave e voltar ao básico — entender profundamente o público por meio de pesquisas e dados comportamentais.
LEIA TAMBÉM: IA com propósito: empresas que focam no cliente são as que vão sobreviver no longo prazo
A arte de encontrar oportunidades em meio ao caos
Para quem trabalha com marketing digital local, especialmente atendendo pequenas empresas, a recomendação é clara: esqueça os contos de fadas sobre hacks de SEO e comece a investir na escuta ativa.
Mesmo que o tempo dos empreendedores seja curto, há soluções acessíveis.
Ferramentas como o Google Surveys oferecem formas simples de coletar dados diretamente com os clientes — seja para medir satisfação no site, seja para descobrir preferências de produtos ou serviços.
LEIA TAMBÉM: Como estratégias de SEO local podem alavancar empresas regionais
Como funcionam as pesquisas do Google?
O Google Surveys permite criar questionários com quatro perguntas padrão, que são executados automaticamente no site até que 500 respostas sejam coletadas.
A pesquisa é reiniciada mensal ou trimestralmente, dependendo do ritmo de respostas, e está disponível em dispositivos móveis e desktops.
LEIA TAMBÉM: Google oficializa links nas Visões Gerais de IA e direciona usuários para mais resultados de busca semelhante
A versão básica da ferramenta é gratuita. Já quem busca mais controle pode investir pouco para personalizar as perguntas, inclusive com lógica condicional e segmentação por idioma (além do inglês, há suporte para alemão, italiano, holandês e japonês).
Além disso, profissionais de marketing se beneficiam de visualizações de dados interativas e da possibilidade de fazer download das respostas — sempre lembrando que os dados refletem o público do site, e não a população em geral.
Google Forms: simplicidade e eficiência
Outra alternativa eficaz é o Google Forms, que oferece ainda mais flexibilidade na criação de pesquisas.
Com ele, é possível escolher diversos tipos de pergunta, aplicar lógica de ramificação e distribuir os formulários por e-mail, link direto ou redes sociais.
A análise dos dados também é facilitada: o Forms gera resumos automáticos e permite exportar os dados brutos para o Google Sheets, possibilitando análises mais avançadas.
As palavras-chave estão mortas?
A resposta curta: não, mas estão longe de ser suficientes.
Como bem lembra o autor da matéria do Search Engine Roundtable, existe uma diferença entre algo estar "quase morto" e "totalmente morto" — como dizia o personagem Miracle Max em A Princesa Prometida.
LEIA TAMBÉM: SEO na era da IA: os segredos para não sumir do Google
Ele conta que aprendeu essa lição há mais de duas décadas, ao otimizar um release da Southwest Airlines que usava o termo “US$ 29 só ida” — que, apesar de não ser uma palavra-chave comum, resultou em mais de US$ 1 milhão em vendas. Isso mostra que capturar a intenção do consumidor pode ser mais poderoso do que mirar nos termos mais buscados.
A nova (ou velha) fórmula para o sucesso
Em vez de depender exclusivamente de ferramentas de SEO ou de campanhas de PPC, profissionais atentos estão resgatando os fundamentos da pesquisa de mercado tradicional para identificar nichos e entregar valor real aos seus clientes.
Essa pode ser a chave para identificar oportunidades em áreas hiperlocais, fortalecer o relacionamento com o público e manter a relevância mesmo em tempos de mudanças no algoritmo e no comportamento dos usuários.
Porque no fim das contas, como disse Sun Tzu em A Arte da Guerra:
“No meio do caos, também há oportunidade.”