O hype da busca por IA não está derrubando o SEO tradicional
O entusiasmo é real, mas os números mostram um cenário bem diferente

A explosão das buscas por inteligência artificial criou a impressão de que o tráfego dos buscadores tradicionais estava em queda livre.
Mas uma análise publicada por Adam Heitzman no Search Engine Land mostra que a realidade é bem mais complexa. Dados recentes de plataformas de monitoramento revelam que, embora a busca por IA tenha disparado, o Google continua sendo a principal fonte de tráfego para a maioria dos sites.
Essa discussão dialoga com uma análise que publicamos aqui que mostrou como o tráfego oriundo de ferramentas de IA cresceu 527% em 2025.
O número é expressivo, mas não se traduz automaticamente em perda de visibilidade ou conversões para quem depende de SEO.
A diferença entre hype e realidade
Segundo Heitzman, é comum que o mercado reaja ao “hype” de novas tecnologias acreditando que ele representa uma mudança estrutural imediata.
Só que, quando se olha para os dados de fato, o impacto da IA na busca ainda está distante de superar a relevância do Google.
Um estudo citado pelo autor confirma que muitos sites mantiveram posições estáveis, reforçando algo que a própria SEO Lab já havia analisado: a IA não está penalizando diretamente conteúdos nos rankings.
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O que acontece, muitas vezes, é a redistribuição de tráfego entre canais, com métricas infladas pelo hype, mas sem queda significativa em resultados orgânicos.
Outro ponto importante é a durabilidade. Nós também havíamos destacado que conteúdos criados apenas por IA até podem alcançar boas posições, mas não se sustentam sem autoridade e qualidade editorial — algo que reforça a necessidade de continuar investindo em SEO sólido e de longo prazo.
O Google ainda é quem gera resultados
Apesar da atenção que ferramentas como ChatGPT ou Perplexity têm recebido, as taxas de conversão e o volume de tráfego mais qualificado ainda vêm do Google. Para marcas, e-commerces e publishers, isso significa que a base do SEO não deve ser abandonada.
Heitzman lembra que perseguir métricas de hype é arriscado: a cada novo ciclo tecnológico, quem manteve consistência em SEO saiu na frente quando a poeira baixou.
A análise reforça o que especialistas vêm repetindo: experimentos com IA são válidos, mas não substituem a estratégia central de construir autoridade, otimizar conteúdos para busca e entregar valor real ao usuário.
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No fim das contas, a busca por IA pode até crescer em popularidade, mas não substitui a estrutura que já garante visibilidade e conversão. O Google continua sendo a arena principal — e quem domina esse espaço mantém vantagem competitiva.