Meta intensifica guerra por talentos em IA e mira funcionários da OpenAI com bônus milionários
Concorrência acirrada pela liderança em inteligência artificial leva a Meta a oferecer propostas bilionárias para atrair profissionais da OpenAI, criadora do ChatGPT

A disputa por profissionais de elite na área de inteligência artificial entrou em uma nova fase. De acordo com declarações recentes de Sam Altman, CEO da OpenAI, a Meta, empresa responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp, tem feito propostas financeiras extremamente agressivas para tentar atrair talentos da criadora do ChatGPT.
As declarações foram feitas durante o podcast Uncapped, apresentado pelo irmão de Altman. No episódio, ele revelou que a Meta ofereceu bônus de contratação que chegam a 100 milhões de dólares, o equivalente a mais de 540 milhões de reais, além de pacotes anuais ainda mais robustos.
O objetivo é montar uma equipe altamente qualificada para liderar a próxima fase da corrida pela inteligência artificial.
As informações se conectam diretamente à crescente disputa pelo domínio da IA generativa.
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Zuckerberg lidera ofensiva pessoal
O próprio Mark Zuckerberg está envolvido nas negociações com pesquisadores de ponta.
Segundo reportagem da Bloomberg, o CEO da Meta tem atuado diretamente na tentativa de atrair nomes estratégicos da concorrência, em especial da OpenAI e de outras gigantes como o Google DeepMind.
A movimentação faz parte de um plano mais amplo. Na semana passada, a Meta anunciou um investimento de 14,3 bilhões de dólares na Scale AI, empresa especializada em fornecer dados para treinar modelos de IA. Junto ao investimento, veio a contratação de Alexandr Wang, ex-CEO da empresa, que agora passa a integrar o time da Meta.
Outro reforço recente foi Jack Rae, que atuava como pesquisador principal na DeepMind.
Essa movimentação reforça o esforço da Meta para acelerar sua atuação em IA, não apenas no desenvolvimento de tecnologias generativas, mas também no uso de inteligência artificial para moderação e segurança.
Já abordamos esse tema na SEO Lab, com destaque para como a empresa tem usado IA para avaliar riscos no Instagram e no Facebook. Acesse aqui a análise completa.
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Por que a OpenAI resiste?
Apesar das cifras envolvidas, Sam Altman afirma que os principais profissionais da OpenAI não aceitaram, até agora, as propostas feitas pela Meta. Para ele, isso se deve não apenas a questões financeiras, mas também à cultura e ao propósito da organização.
Durante o episódio do podcast, Altman também sugeriu que, embora tenha respeito pela Meta, não a considera uma referência em inovação no setor.
A fala ecoa o que o próprio CEO afirmou há poucos meses, ao dizer que a IA chegou exatamente onde ele previa, mas que o mundo ainda não parece ter mudado o suficiente.
Publicamos uma reflexão sobre essa visão nesta matéria da SEO Lab, que aprofunda os limites entre expectativa e impacto real da tecnologia.
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Uma disputa que impacta o marketing e o conteúdo
A ofensiva da Meta não é apenas uma briga entre gigantes do Vale do Silício. Ela tem efeitos concretos sobre o futuro da produção de conteúdo, das estratégias de monetização e do próprio SEO.
À medida que as ferramentas de IA se tornam mais sofisticadas, e seus criadores mais disputados, muda também o modo como profissionais e marcas interagem com o digital.
O que estamos vendo é uma reconfiguração do mercado de tecnologia com impactos diretos sobre quem vive da criação e da análise de dados.
E como temos mostrado na SEO Lab, entender esses movimentos é essencial para tomar decisões mais inteligentes em um ambiente cada vez mais automatizado e competitivo.