Google exige indexação para seu conteúdo aparecer no Modo IA

Se você quer que suas páginas apareçam nas novas funcionalidades do Google baseadas em inteligência artificial, como o Modo IA ou as Visões Gerais de IA, o recado é simples: precisa estar indexado.

Essa exigência foi confirmada mais uma vez pelo próprio Google em um documento de suporte atualizado recentemente.

Segundo a empresa, uma página precisa atender aos requisitos técnicos básicos da Pesquisa Google, incluindo estar indexada e ser elegível para exibição com snippets. Sem isso, nem pense em aparecer como citação ou link no conteúdo gerado pelas IAs da empresa.

As informações foram publicadas pelo site Search Engine Roundtable, que também destacou a fala de John Mueller, do Google, em um comentário no LinkedIn.

Segundo ele, para que uma página tenha chance de ser exibida como link nos resumos com IA, ela precisa estar indexada, ponto final.

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Indexar não garante visibilidade mas é o ponto de partida

Para quem trabalha com conteúdo otimizado para buscadores, o aviso é claro: não adianta investir em SEO para o futuro da busca sem garantir o básico.

Ter a página acessível para rastreamento e indexação é condição obrigatória, mesmo que isso não garanta a exibição nos novos formatos.

Mueller também lembrou que existe um certo atraso entre a indexação tradicional e a aparição nos blocos de IA, o que pode gerar expectativa ou frustração nos produtores de conteúdo.

E reforçou que como em tudo no Google, ser elegível não significa ser exibido. O algoritmo ainda faz suas escolhas.

Esse cenário de incerteza tem levantado dúvidas no mercado principalmente diante de dados que mostram mudanças importantes no comportamento dos usuários com as Visões Gerais de IA.

Como já analisamos na SEO Lab em Visões Gerais de IA do Google derrubam cliques em buscas; queda de 30% desafia estratégias de SEO, a queda de até 30% nos cliques em páginas orgânicas após a chegada desse recurso tem forçado uma reavaliação das estratégias de SEO.

Testes, impacto e engajamento em queda

Apesar da posição oficial, nem todo mundo aceita as diretrizes do Google sem testar.

O Search Engine Roundtable relatou que a agência Dejan realizou experimentos práticos e observou que sim, a indexação tem impacto direto sobre a presença de uma URL nas respostas com IA.

Mas isso não elimina todas as incertezas. O comportamento do Google com IA ainda é um território em constante mutação.

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Mesmo com mais pessoas acessando o Google, o que também já discutimos em Visões Gerais de IA aumentam acessos ao Google mas reduzem engajamento dos usuários, os dados de queda no engajamento indicam que essa nova etapa da busca exige mais do que visibilidade.

Ela exige um novo olhar para a jornada do usuário, o papel do conteúdo e a forma como ele é exibido no ambiente da IA generativa.

Enquanto isso, o Google segue afirmando que não houve perda de interesse na busca tradicional, mesmo com o avanço dos resumos com IA.

Essa posição oficial, no entanto, contrasta com o que vem sendo observado por publishers e profissionais de marketing, como destacamos em Google nega queda no uso da busca com avanço da IA.

Por enquanto, uma coisa é certa: a indexação voltou a ser protagonista e ignorá-la pode significar sumir da vitrine do maior buscador do mundo.

Agora mais do que nunca, ela é o passaporte de entrada para qualquer estratégia de SEO que leve em conta o novo modelo da busca.