Conteúdo que engaja é melhor que conteúdo que viraliza

Na briga entre ser visto por milhões ou reter atenção dos que importam, o marketing digital está escolhendo o lado certo: o do conteúdo sticky.

Conteúdo que engaja é melhor que conteúdo que viraliza
"Sticky content" é aquele que permanece na mente do público e estimula ações consistentes. Muito além de curtidas passageiras. Unsplash.

No mundo do marketing digital, viralizar ainda parece o prêmio máximo. Mas a pergunta que começa a ecoar mais forte é: vale mesmo a pena? Cresce entre profissionais da área a defesa do conteúdo “sticky”, aquele que não necessariamente explode, mas que gruda na cabeça do público, gera recorrência, engajamento real e, claro, conversão.

A ideia não é nova, mas ganha fôlego em um cenário onde a atenção está cada vez mais cara.

E onde um vídeo com milhões de views pode, na prática, não trazer resultado nenhum para a marca.

Recentemente, discutimos aqui na SEO Lab como o foco em métricas de vaidade ainda é uma armadilha comum em grandes veículos e equipes de marketing.

A crítica continua válida: viral não é sinônimo de eficiência.

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Viral é vaidade. Sticky é estratégia

A tendência de medir o sucesso de um conteúdo apenas por alcance ou curtidas cria uma armadilha: o foco na vaidade.

Pior ainda, esse foco pode levar a uma produção apressada, desconectada da estratégia e sem impacto no funil de vendas.

Sticky content, por outro lado, constrói autoridade e fideliza audiência. É o tipo de conteúdo que educa, resolve problemas, responde dúvidas frequentes e cria laços.

Ele fala com quem importa: o público-alvo real, que volta porque viu valor.

Aqui, as métricas também precisam acompanhar a mudança de mentalidade. Em outro conteúdo nosso, elencamos as cinco métricas de marketing que realmente importam para criadores em 2025, e nenhuma delas tem a ver com curtidas ou alcance bruto. O foco está em profundidade, retenção e impacto.

Por que o sticky ganha espaço agora

Com a popularização da IA e o aumento da produção de conteúdo em escala, a diferenciação vem justamente da profundidade, da utilidade e da autenticidade.

O conteúdo que se sustenta no tempo, e não apenas no algoritmo, é o que mais tem valor hoje.

Além disso, marcas estão mais atentas ao custo de aquisição e ao retorno de cada ação.

Um post viral pode atrair cliques, mas um artigo bem feito que responde a uma dúvida real do cliente ideal é o que converte, educa e mantém.

Vale lembrar: o próprio Google tem deixado claro que vai priorizar conteúdos úteis, originais e feitos por humanos, e pode rebaixar páginas com conteúdo gerado por IA que não tenha valor agregado.

O conteúdo sticky se alinha diretamente a esse novo cenário.

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Como pensar conteúdo sticky na prática

  • Conheça as dores e dúvidas reais da sua audiência
  • Produza conteúdos que resolvam algo, não só que causem impacto
  • Foque em recorrência e profundidade, não apenas no “buzz”
  • Meça o que realmente importa: tempo de permanência, retorno, fidelização

E o viral, morreu?

Não é que o conteúdo viral não tenha seu lugar. Ele pode ser útil para gerar notoriedade ou awareness.

Mas, se não estiver alinhado a uma estratégia mais ampla, com conteúdo sticky para sustentar a relação com a audiência, é só fumaça.

Com informações da Forbes.