Conteúdo gerado por IA: pode ranquear, mas não dura sem autoridade

O uso de inteligência artificial (IA) na produção de conteúdo cresce rapidamente, mas até que ponto os artigos gerados por IA realmente performam no Google?

Um experimento conduzido pelo SE Ranking analisou 2.000 artigos em 20 novos domínios e seis artigos em seu blog principal para avaliar tráfego, ranqueamento e visibilidade em resultados de busca. Os resultados foram publicados no site do SE Ranking e compartilhados por Mikhail Korenugin, diretor de produto da empresa, no LinkedIn.

No primeiro mês, o desempenho dos sites novos foi animador: 71% das páginas indexadas, oito sites ranqueando para mais de 1.000 palavras-chave cada, 122 mil impressões e mais de 240 cliques. Cinco desses sites chegaram ao top 30 para até 30% das palavras-chave.

Mas a situação mudou rapidamente. Três meses depois, todos os artigos desapareciam da pesquisa.

Já os seis artigos no blog principal do SE Ranking, publicados entre junho e setembro de 2024, continuavam ranqueando: três deles permanecem no top 10, com quase 555 mil impressões acumuladas, e alguns foram destacados como fontes em Visões Gerais de IA.

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Por que sites novos não seguram o ranqueamento

O experimento confirma um ponto já discutido na SEO Lab: ranquear é diferente de manter relevância.

Sites recém-criados não têm sinais de autoridade ou confiança que o Google considera essenciais. Além disso, o conteúdo totalmente gerado por IA sem revisão humana carece de originalidade e de sinais EEAT (Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness).

Como já apontamos em “Escrever para SEO ainda é escrever para pessoas, lembra o Google?”, qualidade e valor para o usuário continuam sendo critérios decisivos.

Conteúdos gerados por IA podem facilitar a produção, mas sem curadoria humana e atualização constante, o Google tende a não mantê-los em destaque.

Metodologia e acompanhamento dos experimentos

No blog SE Ranking, a equipe selecionou seis tópicos estratégicos e utilizou o AI Writer para gerar os textos.

Cada artigo passou por revisão, ajustes e edição humana, garantindo clareza, precisão e adequação às práticas de SEO.

Esse cuidado se refletiu na performance: os artigos não só foram ranqueados, como também acionaram Visões Gerais de IA, destacando-se como fonte confiável.

Em contraste, os 2.000 artigos publicados nos 20 novos sites não receberam revisão humana nem tinham histórico ou autoridade de domínio.

Apesar do crescimento rápido inicial, a ausência de sinais de confiança resultou no desaparecimento completo das páginas em três meses.

Lições para marketing digital e produção de conteúdo

Para profissionais de marketing, criadores de conteúdo e gestores de SEO, os experimentos oferecem algumas orientações práticas:

1. IA é ferramenta, não substituto: ela pode gerar volume, mas precisa de curadoria humana para ranqueamento sustentável.
2. Autoridade importa: domínios novos precisam de sinais de confiança, backlinks e histórico consistente.
3. Atualização constante: conteúdo de IA precisa ser revisado e ajustado conforme o nicho e as mudanças no comportamento de busca.
4. Integração com estratégia de SEO: combinar IA com expertise humana, planejamento de palavras-chave e experiência do usuário aumenta as chances de ranqueamento duradouro.

Essas conclusões reforçam insights de outras análises da SEO Lab, como “Tráfego de IA dispara 527% em 2025: SEO precisa se reinventar agora” e “O que é IA SEO e por que você precisa entender isso agora”, destacando que automação e inteligência artificial não substituem planejamento estratégico e conteúdo de qualidade.

O experimento deixa claro que conteúdo gerado por IA pode ranquear rapidamente, mas sem sinais de confiança e intervenção humana, não se mantém.

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