A verdade sobre backlinks tóxicos: o que o Google realmente pensa sobre eles

Durante evento em Nova York, John Mueller explicou por que o Google não considera a rejeição de backlinks parte da rotina de SEO — e desmistificou o conceito de “links tóxicos”

A verdade sobre backlinks tóxicos: o que o Google realmente pensa sobre eles
Para não ser penalizado, o foco deve estar na qualidade do seu conteúdo e na construção de autoridade real. Créditos: unsplash.

Em uma declaração que pode surpreender parte da comunidade de SEO, John Mueller, que trabalha na equipe do Google, deixou claro que o conceito de backlinks tóxicos — popularizado por ferramentas e serviços de remoção de links — não é reconhecido internamente pela empresa.

Segundo apuração da Search Engine Journal, a afirmação foi feita no Search Central Live NYC 2025, evento que discutiu sobre inteligência artificial, as políticas de spam, o Google Notícias e as práticas de pesquisa estão remodelando o ecossistema digital.

Reprodução: Search Central Live NYC 2025

A resposta foi dada à pergunta: “O que fazer se a ferramenta de rejeição de links não estiver mais disponível?”

Mueller foi direto:

“Internamente, não temos uma noção de backlinks tóxicos. Isso é algo inventado por empresas de ferramentas de SEO.”

Segundo ele, o Google já trabalha proativamente para ignorar links de baixa qualidade, e a presença de links “estranhos” ou “irrelevantes” apontando para um site não causa necessariamente problemas de ranqueamento.

Vale lembrar: aqui na SEO Lab, já explicamos quais são os backlinks prejudiciais e perigosos que você deve evitar — e quando realmente vale a pena se preocupar com eles.

LEIA TAMBÉM: IA vai acabar com o SEO? Google esclarece a polêmica

A Disavow Tool não é manutenção de rotina

Mueller reforçou que a famosa Disavow Tool (ferramenta de rejeição de links) não deve ser usada rotineiramente, e sim em situações específicas, como:

  • Quando há uma ação manual de penalidade por spam;
  • Após a compra deliberada de links, que violam as diretrizes do Google;
  • Como parte de um esforço de limpeza, após práticas de black hat SEO.
“A ferramenta de rejeição só ajuda se você realmente está comprando links e recebeu uma ação manual. E claro, você precisa parar de comprar links, ou essa ação não vai embora”, reforçou.

SEO negativo ou conteúdo fraco?

Mueller também foi categórico ao comentar sobre supostas vítimas de SEO negativo.

Em sua experiência, muitos desses casos envolvem sites que acreditam ser “perfeitos”, mas que na verdade têm problemas de conteúdo ou de SEO técnico.

“As pessoas culpam links de entrada ruins por suas quedas nas classificações, mas raramente é esse o problema. A ferramenta de rejeição não corrige SEO mal feito.”

LEIA TAMBÉM: 8 principais tendências de SEO para melhorar seu ranqueamento em 2025

Por que o Google criou essa ferramenta?

A Disavow Tool foi lançada após o impacto da atualização Google Penguin, em 2012.

Na época, muitos sites foram penalizados por compra de links, e alguns vendedores cobravam para remover os backlinks.

A comunidade de SEO pressionou o Google para criar uma alternativa — e a ferramenta foi desenvolvida com o objetivo específico de remover links pagos.

Embora o termo “backlinks tóxicos” ainda seja amplamente usado no universo do SEO, o Google parece estar deixando claro: não há necessidade de pânico a cada link suspeito.

O foco deve estar na qualidade do seu conteúdo e na construção de autoridade real, sem atalhos.

Para quem se preocupa com penalidades ou estratégias de concorrência desleal, a melhor resposta pode ser simples: revisar seu conteúdo, melhorar a experiência do usuário — e deixar os algoritmos fazerem o trabalho deles.

LEIA TAMBÉM: Google Core Update de março de 2025: como resultados de busca mudam?