5 mitos sobre agentes de IA que ainda enganam o mercado de conteúdo e SEO
Ferramentas como os agentes de IA do WhatsApp vêm sendo vendidas como revoluções no marketing, mas um alerta recente mostra que o hype ainda esconde limitações sérias

A conversa sobre agentes de IA, esses sistemas que prometem agir sozinhos para realizar tarefas, está em alta.
Em teoria, eles seriam como assistentes digitais mais inteligentes, capazes de tomar decisões, executar ações e entregar resultados sem precisar de muito comando humano. Na prática, porém, o cenário ainda é bem mais complicado.
Segundo uma análise publicada pela Forbes nesta semana, a ideia de que os agentes de IA estão prontos para revolucionar setores inteiros é alimentada por mitos que continuam enganando o mercado, principalmente quem trabalha com conteúdo e SEO.
E o mais preocupante: muita gente tem investido tempo (e dinheiro) nessas soluções acreditando que são infalíveis, ou que já estão no ponto de substituir estratégias humanas.
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Mito 1: Eles funcionam como humanos
Mesmo os sistemas mais avançados ainda dependem de estruturas rígidas e muito bem definidas para funcionar.
Eles não “pensam” ou tomam decisões como um profissional de conteúdo faria.
Na verdade, são ótimos em seguir instruções — e só. E quanto mais complexo o cenário, maior a chance de falhas.
Não por acaso, já discutimos na SEO Lab como os novos modelos de IA têm cometido mais erros, especialmente quando pressionados por tarefas que exigem contextualização ou decisões estratégicas.
Mito 2: Podem automatizar qualquer coisa
Essa é outra armadilha. Agentes de IA ainda têm dificuldade em interpretar nuances, se adaptar a contextos culturais e responder com precisão a situações inesperadas.
É aqui que entram exemplos como o agente de IA do WhatsApp, que vem sendo testado por empresas como promessa de atendimento inteligente.
Só que, na prática, ele se enrola com perguntas simples, escorrega na personalização e, muitas vezes, devolve respostas genéricas ou erradas.
Ou seja: não dá pra colocar um agente no ar e achar que ele vai resolver o funil de vendas sozinho. Ainda estamos longe disso.
Mito 3: Quanto mais você usa, melhor ele fica
A melhoria não é automática. Ela exige interação qualificada, ajustes de promtps e refinamento constante.
Aqui na SEO Lab, já mostramos que a forma como você interage com sistemas como o ChatGPT influencia diretamente na resposta que recebe, e que tratar bem a IA (sim, com gentileza mesmo) pode fazer diferença nos resultados.
Mito 4: Eles entendem o que é importante
A verdade é que agentes de IA não sabem o que é relevante para o seu negócio ou audiência. Eles precisam ser ensinados, e isso exige tempo e domínio do conteúdo.
O problema é que muita gente ainda acha que basta ativar a IA e ela magicamente vai entender a lógica do seu SEO, do seu público ou da sua estratégia de monetização.
Na prática, como já exploramos em outra matéria da SEO Lab, a pesquisa com IA exige mais do que seguir boas práticas técnicas, ela exige conteúdo realmente útil, bem estruturado e capaz de gerar valor para o usuário.
Mito 5: Já estão prontos para substituir humanos
Não estão. E nem deveriam. Agentes de IA podem até ajudar em tarefas repetitivas, mas não substituem o olhar crítico, a criatividade e o senso de contexto de um profissional de conteúdo, SEO ou marketing.
Eles ainda erram, interpretam mal e precisam ser supervisionados, o que consome tempo e atenção.
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Fique atento ao hype: IA pode ajudar, mas não faz milagre
O alerta da Forbes é claro: o mercado está apostando alto demais em ferramentas que ainda estão em fase de amadurecimento.
É preciso separar o que é potencial real do que é marketing de IA mal digerido.
Isso vale especialmente para quem trabalha com produção de conteúdo, monetização, SEO e anúncios, áreas que dependem diretamente da precisão e da credibilidade das informações entregues.
Nos últimos meses, temos acompanhado aqui na SEO Lab os impactos das Visões Gerais de IA nos resultados de busca, e como elas estão afetando o tráfego, o engajamento e até a forma como os cliques são contabilizados.
Esse novo cenário só reforça a importância de entender como os sistemas funcionam de verdade, e não apenas seguir o que o mercado promete.